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segunda-feira, outubro 31, 2011

A História do Grafite

E ai pessoal ? depois de um bom tempo sem postar coisas novas e interessantes, hoje arrumei um tempo para colocar aqui um pouco sobre as pinturas que muitos de vocês já devem ter visto em muros pelos grandes centros urbanos,conhecido mundialmente como grafite expressão cultural reconhecida como arte das ruas que agora ganha as galerias de arte do mundo.

ASS: Claytonfreestyle

Escrita ou desenho? Ato de vandalismo ou manifestação artística? Para muitos, o grafite é apenas uma "pichação evoluída". Para outros, uma modalidade de arte urbana. Apesar de todas as controvérsias, o grafite está presente em diversas partes da cidade: em banheiros públicos, edifícios, becos, casas abandonadas, ônibus, metrôs, orelhões, postes e monumentos públicos.

Controvérsias à parte, cada vez mais o grafite ganha status de arte e, conseqüentemente, o apoio de programas desenvolvidos por escolas, grupos de artistas e pelo próprio governo.

Modalidades

Grafite 3D: desenhos concebidos a partir de idéias visuais de profundidade, sem contornos. Exige domínio técnico do grafiteiro na combinação de cores e formas.

WildStyle: tem o formato de letras distorcidas, em forma de setas, que quase cobrem o desenho.

Bomber: são letras gordas e que parecem vivas, geralmente feitas com duas ou três cores.

Letras grafitadas: incorporação das técnicas do grafite à pichação. As letras grafitadas represntam a assinatura do grupo.

Grafite artístico ou livre figuração: nesse estilo vale tudo: caricaturas, personagens de história em quadrinhos, figurações realistas e também elementos abstratos.

Grafites com máscaras e spray: facilita a rápida execução e disseminação de uma marca individual ou de grupo.
História do Grafite

A palavra grafite é de origem italiana e significa "escritas feitas com carvão".

Os antigos romanos tinham o costume de escrever manifestações de protesto com carvão nas paredes de suas construções. Tratavam-se de palavras proféticas, ordens comuns e outras formas de divulgação de leis e acontecimentos públicos. Alguns destes grafites ainda podem ser vistos nas catacumbas de Roma e em outros sítios arqueológicos espalhados pela Itália.

No século XX, mais precisamente no final da década de 60, jovens do Bronx, bairro de Nova Iorque (EUA), restabeleceram esta forma de arte usando tintas spray. Para muitos, o grafite surgiu de forma paralela ao hip hop - cultura de periferia, originária dos guetos americanos, que une o RAP (música muito mais falada do que cantada), o "break" (dança robotizada) e o grafite (arte plástica do movimento cultural). Nesse período, academias e escolas de arte começaram a entrar em crise e jovens artistas passaram a se interessar por novas linguagens. Com isso, teve início um movimento que dava crédito às manifestações artísticas fora dos espaços fechados e acadêmicos. A rua passou a ser o cenário perfeito para as pessoas manifestarem sua arte.

Os artistas do grafite, também chamados de "writers" (escritores), costumavam escrever seus próprios nomes em seus trabalhos ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais.

Na Europa, no início dos anos 80, jovens de Amsterdã, Berlim, Paris e Londres passaram a criar seus próprios ateliês em edifícios e fábricas abandonadas. O objetivo era conseguir um espaço para criarem livremente. Nesses locais, surgiram novas bandas de música, grupos de artistas plásticos, mímicos, atores, artesãos e grafiteiros.

Muitos grafiteiros europeus e norte-americanos que viveram e trabalharam nesses espaços alternativos conseguiram levar suas obras além das fronteiras de seus países. Alguns exemplos desse movimento são: Jean-Michel Basquiat, Keith Haring e Kenny Scharf .

Haring e Scharf expuseram seus trabalhos na XVII Bienal Internacional de São Paulo, em 1983, exercendo forte influencia entre os artistas do grafite no Brasil. A XVIII Bienal, em 1985, lançou nomes de grafiteiros brasileiros, tais como Alex Vallauri, Matuck e Zaidler.

Grafite como projeto social

Muitas pessoas viam os trabalhos dos grafiteiros apenas como um amontoado de letras rabiscadas e sem nexo, ou como pura poluição visual e ato de vandalismo contra o patrimônio público.

Grande parte das críticas feitas contra a atividade se deve às inúmeras fachadas, monumentos, igrejas e todo um conjunto de locais pichados indiscriminadamente. Esse tipo de comportamento dos pichadores tem diversas conseqüências negativas para as cidades. Uma delas é a depredação de obras de arte e cenários históricos, o que causa prejuízo imediato ao turismo. Além do fato de estarem desrespeitando a privacidade das pessoas ao, por exemplo, fazerem pinturas em muros sem a autorização do seu proprietário. E muitas pichações estão relacionadas a conflitos entre grupos rivais.

Para reverter esses problemas e aproveitar o aspecto positivo dessas manifestações, atualmente os artistas do grafite são convidados a participarem de projetos que visam embelezar as cidades. Com isso, espera-se que as pessoas interessadas nessa atividade possam continuar expressando sua arte, mas sem causar prejuízos ao planejamento urbano.

Para citar alguns exemplos, a Universidade de São Paulo (USP) começou a organizar a primeira cooperativa brasileira de grafiteiros, muitos deles ex-pichadores. O objetivo é profissionalizar esses artistas. Todos serão orientados por professores de artes plásticas e designers para fazerem seus trabalhos em painéis e muros especialmente destinados para exibição de seus trabalhos.

O Rio de Janeiro também investe em projetos como este. A prefeitura da cidade já formou uma turma de grafiteiros, com direito a certificado e tudo. Entre os diplomados, estão moradores de áreas carentes como Manguinhos, Jacarezinho e Vigário Geral.

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) lançou em Brasília o Projeto Grafitran. O objetivo é incentivar grafiteiros de oito grandes cidades brasileiras a divulgar mensagens favoráveis à humanização do trânsito, através de painéis espalhados por locais públicos, próximos às rodovias e ruas movimentadas.

sexta-feira, maio 13, 2011

Desabafo sobre o famigerado funk carioca.




Gostei tanto dessa postagem que resolvi colocar aqui no blog, e é exatamente assim que eu penso a respeito dessa porcaria sonora feita em fundo de quintal no Rio de Janeiro.

Ass: Claytonfreestyle



Sério, tenho horror a esse tipo de "música". Não sei nem se é pelo conteúdo super conceituado e de grande inteligência ou se é por causa de seus dançarinos e dançarinas (essa é boa!) com uma performance espetacular, com movimentos de extrema delicadeza, disciplina, leveza, harmonia e simetria. Deixando a ironia de lado, creio que qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhecimento musical, sabe que Funk Carioca não é música. Funk Carioca não tem acordes, não tem um bom arranjo. Pra se fazer uma merda de um funk carioca, basta ter um tecladinho com efeitos sonoros prontos, um batidão que se repita, assim como a letra, Melodia? Compasso? Escala musical? Composição?Quem precisa disso quando se tem milhares de cachorras no cio, balançando a bunda repetidamente como se estivessem com cócegas uterinas? Assim como seu público, o funk carioca não tem conteúdo e não tem valor.O funk carioca, ao contrário do que todos pensam, não pertence só as comunidades carentes. Pertence a todas as classes sociais, porque em todo lugar existem pessoas com uma indole duvidosa, com a moral suja e agindo de forma estúpida.

As mulheres dançam e empinam a bunda, e fazem qualquer coisa que a "música" pedir. Descem até o chão, colocam o dedinho na boquinha, passam a mão naquilo, colocam, tiram, alisam, lambem, enfim, seguem a regra aonde a vaca vai, o boi vai atrás não sentindo nenhum tipo de constrangimento. E eu não sei o que é pior, se são as prostitutas que pagam de santinhas e dizem que só frequentam esses lugares para dançar, ou se são as que se autodenominam vadias, putinhas, tchutchucas, mas tudo isso com muito respeito! Afinal, elas são ou não são dignas de respeito, sendo tããããão sinceras ? hahahaha Olha só, como são moças direitas, mulheres para casar! hahahaha Depois reclamam que os homens as tratam como objetos, pedaços de carne expostos num açougue.. Mas também, tudo o que elas fazem, pensam e falam é relacionado a bunda e peito. E se não estão falando suas medidas ou contando como foram as visitas aos cirurgiões, estão empinando, balançando, se insinuando. É de uma delicadeza que até impressiona! E os homens. Aqueles que se autodenominam prostitutos. Aqueles que pegam TODAS. Aqueles que acabam beijando uma "mina" que acaba de fazer um ball cat no prostituto do lado. Esses homens são tão toscos quantos as mulheres. Eles não tem personalidade própria, agem por impulso e pagam de garanhões e ainda se vangloriam contando o número de mulheres que pegaram, como se isso realmente fizesse ele se tornar mais macho, mais homem, mais viril.

O nível das mulheres pegadas é tão baixo, que pode ser comparado ao nível de intelecto deles mesmos, Essa porcaria que a mídia impõe, faz com que a massa se torne alienada e se orgulhe dessa cultura totalmente inutil, inescrupulosa e imoral. E eu nem vou citar o funk Carioca em relação as nossas crianças, o futuro do Brasil, ou o funk carioca tocado no volume máximo, obrigando todo mundo a ouvir um lixo musical, praticamente um vômito saindo das caixas de som, e fazendo a gente sentir vergonha alheia devido as tocantes letras. BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!! o funk carioca realmente me tira do sério, me faz sentir tanta raiva, mas tanta raiva que nem eu mesmo sabia que podia sentir! ÓDIO! hahahahaha Só chorando mesmo pra desabafar e seguir adiante
Q MERDAAAAAAAAAAAAAAA HEIN............

terça-feira, dezembro 28, 2010

Bboy Neguin Ganha o Red Bull Bc One 2010



Finalmente depois de 6 edições do campeonato de breaking patrocinado pela empresa red bull, um brasileiro conseguiu se consolidar como o melhor bboy entre os 16 participantes de várias partes do mundo, para quem está meio por fora do universo hip hop, isso é uma super conquista, devido a quase que total falta de incentivo a dança breaking no brasil, mesmo assim o bboy neguin mostrou que tem garra e mesmo com todas as dificuldades se sagrou campeão do torneio que aconteceu em tóquio no dia 27 de novembro de 2010 tendo como adversario na final o bboy holandês just do it que tambem ja participou de edições anteriores do campeonato, e se levando em conta o profissionalismo do breaking na europa, korea, estados unidos e japão, foi uma conquista maior ainda para o brasileiro que ja tinha passado por outras competições de renome pelo mundo afora com a crew tsunami all star, abaixo segue uma entrevista do bboy neguin concedida ao blog nação hip hop.
Ass: Claytonfreestyle

Agradecimentos: blog nação hip hop, quem quiser dar uma olhada ta aqui embaixo o endereço.
Entrevista:

É a sua primeira vez no Red Bull BC One ?
Neguin: No Red Bull BC One sim. Já fiz participações especiais em outros eventos da Red Bull como o Red Bull Street Style e o Red Bull Cross Over. Foram experiências incríveis, especialmente por causa do contato com o público.

Como surgiu seu nome artístico?
Neguin: Tenho esse apelido, “Neguin”, desde os sete anos de idade. Era como o meu mestre de capoeira me chamava, já que fui uma criança bem pequena. Aí, o apelido ganhou vida própria, inclusive na minha vida profissional.

Você vive só da dança?
Neguin: Atualmente sim. Sou professor de breaking que é uma das iniciativas do projeto social “Arte nos Bairros” na cidade onde vivo (Neguin vive em Itajaí/SC). Além disso, participo de workshops relacionados com a dança em todo o Brasil. Tudo o que eu faço tem a ver com a dança, o que não é lá uma forma muito fácil de viver no Brasil. Mas é o que sei e gosto de fazer e pelo que me empenho para alcançar todos os meus objetivos.

Antes de viver da dança, trabalhava com outra coisa?
Neguin: Fui instrutor de capoeira e cheguei a trabalhar num escritório de contabilidade e também numa rede de fast food.

Você já participou de algum DVD ou filme relacionado às batalhas de b-boys?
Neguin: Sim, no caso, nos DVDs "R16 Korea sparkling,Seoul 2007", "International Battle Of The Year 2008", "R16 korea Sparkling Gyeonggi 2008", “BOTY Brasil 2008" e "World Bboy Classic 2009".

No seu histórico, quais batalhas você já ganhou?
Neguin: Em 2006, ganhei três das quais participei. A “InterAmerican Dance Competion” na Argentina, o “Festival Sul-Americano de Danza” no Paraguai e o “Meeting Hip Hop School Festival” aqui no Brasil. Em 2008, fui o primeiro no “Duelo de Titãs” e em 2009 na “Batalha do Vale”, ambas aqui no Brasil.










quinta-feira, outubro 21, 2010

Conheça um pouco sobre essa miscelânea sonora chamada BREAKBEAT.

Bem-vindo à nova era. Depois de anos de onipresença do tum-tum-tum agora estamos cada vez mais expostos a levadas como tum-tá-tum-tum-tá ou tum-t-du-dum-dum-tá. Breakbeat, electro, broken beat, big beat, trip hop, nu school breaks, breakcore ! Vamos tentar explicar um pouco sobre as manifestações reunidas naquela vasta seção que no adesivo de rótulo vem escrito “breaks”. A terminologia deixa muita gente confusa: qual a diferença de big beat e breakbeat, por exemplo? E drum’n'bass, é breakbeat? O que são nu skool breaks? Trip hop é breakbeat? O que é dubstep? Breakbeat quer dizer qualquer batida quebrada ? Electro é um tipo de breakbeat?

Antes de mais nada, o breakbeat é a espinha dorsal da música hip hop. O primeiro a “isolar” um breakbeat foi o DJ Kool Herc, no Bronx, em Nova York, que desenvolveu uma brincadeira para tornar seus sets mais interessantes. Ele reparou que a pista se empolgava mais em determinados trechos das músicas: um solo de bateria, um trecho instrumental só com baixo e bateria ou só com bateria e percussão ou só bateria e um naipe de metais e assim por diante. Em resumo, era uma parte da música que não era o refrão, nem a introdução, nem os versos da letra e sim o “break”, definido no dicionário Oxford de língua inglesa como “um solo ou passagem instrumental curta, no jazz ou música popular.”


Então, Herc começou a tocar só essas partes das músicas. Comprava duas cópias de cada disco e, no mixer, passava de um para outro, voltando o primeiro para o ponto inicial do “break” enquanto o segundo rolava. As pessoas começaram a falar desses trechos como “break beats”, as batidas do break. Por cima, os MCs despejavam sua verborragia, seus recados e suas agitadas na pista. Logo, DJs como Afrika Bambaataa, Grandmaster Flash, Grand Wizard Theodore e Lovebug Starski seguiam nos passos do DJ Kool Herc, levando sua invenção para frente. Nascia uma cultura de discotecagem em torno de pequenos pedaços de música pré-gravada. Uma coleção de discos farta e com muitas faixas exclusivas passou a ser fundamental para esses DJs.

Entre movimentos de robô e rodopios à lá James Brown, o novo som inspirou a “break dance”. As músicas de onde saíam os breaks eram principalmente funks, de artistas como James Brown e sua banda JBs, Isley Brothers, Jimmy Castor Bunch, Mandrill, Dennis Coffey e Incredible Bongo Band (cuja “Apache” contém talvez o break mais famoso e usado da história, sampleado mais de 200 vezes em 100 milhões de álbuns, disse Michael Viner, o produtor do álbum). E como o universo hip hop já nasceu sob o signo da competição, imaginação fértil e muita pesquisa eram necessárias. Bambaataa é considerado pioneiro em usar sons de outros estilos, seu set groovava com Rolling Stones, AC/DC, Kraftwerk e Monkees, não só black music.

Quer dizer que “breakbeat” não quer dizer “batida quebrada”? Não, ainda que as fontes de breakbeats sejam músicas com batida quebrada, principalmente os funks de James Brown e cia. Estilos de batida reta como a disco não se prestam muito a viradas de breaks. Mesmo ideologicamente, a disco estava muito distante do mundo hip hop no fim dos anos 70, se situando entre glamour high-society e pop bagaceiro. Já no Bronx, o pessoal preferia a levada sacana e a falta de polimento do funk.

Apesar disso, os primeiros discos gravados de hip hop não usavam breaks. Nos históricos lançamentos dos selos Sugarhill, Enjoy e Winley a parte instrumental da música ficava a cargo de uma banda de estúdio, reproduzindo o groove “emprestado”. Em “Rapper’s Delight”, primeiro (e ainda um dos maiores) hits do hip hop, é a banda da Sugarhill que replica o groove de “Good Times”, do Chic. Mesmo “The Breaks”, de Kurtis Blow, é banda, e nesse caso o groove nem mesmo é inspirado em algum anterior. Na fase seguinte, a do electro, lançado por “Planet Rock”, de Afrika Bambaataa e Soul Sonic Force, a batida ficava a cargo de baterias eletrônicas. O electro não usa breakbeats, apesar de ser quebrado. As baterias de músicas de Grandmaster Flash, Jonzun Crew, Davy DMX e Whodini, entre outros caras do período, são compostas e programadas pelos próprios produtores, não tiradas de um registro existente.

O sampler foi o instrumento que trouxe enfim o breakbeat para dentro das produções de hip hop, traduzindo o conceito musical das discotecagens do Bronx para o disco. Aqui estava um aparelho que permitia catar aquele trecho e manipulá-lo de maneiras nunca antes imaginadas. O pioneiro mais importante na utilização do sampler no hip hop foi o produtor Marley Marl. Saqueando e picotando grooves de James Brown, Marl turbinou faixas de Big Daddy Kane, Biz Markie, Roxanne Shanté e Eric B & Rakim, sendo o primeiro mestre da técnica.
Do meio dos anos 80 em diante, a prática de samplear virou universal no hip hop, ganhando diversas abordagens: Run DMC e Beastie Boys (produzidos por Rick Rubin) usando “breaks” de discos de rock pesado; o Public Enemy criando tapeçarias complexas de som; o De La Soul sampleando um arco-íris que ia de Daryl Hall & John Oates a cantigas infantis; Gangstarr de Guru usando breaks de jazz; Dr. Dre retalhando o acervo de George Clinton para criar seu gangsta funk.

O uso de breaks na dance music começou a decolar pouco depois, com uma onda de discos ingleses que eram pouco mais que colagens de samples. Era uma feira, mas era genial. O som era hip hop, só que sem MCs e com samples de vozes de filme, narradores de documentário, cantores antigos ou uivos árabes: “Say Kids What time It Is?”, do Coldcut, “Pump Up The Volume”, do MARRS, e “Beat Dis”, do Bomb The Bass (todos muito influenciados pelas colchas de retalhos sonoras dos nova-iorquinos Double D & Steniski).
Ao mesmo tempo, outro nova-iorquino, Todd Terry, deixou pistas de joelhos com seus hinos como “Can You Party?” e “Bango (To the Batmobile)”, que alimentavam breaks com a energia da acid house. Ainda em Nova York, Frankie Bones, Lenny Dee e Tommy Musto, faziam techno com breaks em hits precursores como “Just As Long As I Got You” e “Energy Dawn”. E de Chicago vinha o hip house de Tyree e Fast Eddie, acelerando breaks e raps para o ritmo da house.

Na virada da década de 90, o uso de breakbeats já era corrente também na dance music mais acessível, em especial numa leva de discos de BPM mais lento que vieram na esteira do sucesso do Soul II Soul e, depois, Snap! (com uma especial obsessão pelo “break” de “Funky Drummer”, de James Brown). É um balaio grande, onde cabem faixas como “Strawberry Fields Forever” (Candy Flip), “Cry Sisco” (Afro Dizzi Act), “Dirty Cash” (Adventures of Stevie V), “Natural Thing” (Innocence) e “Hear The Drummer Get Wicked” (Chad Jackson).
Ao mesmo tempo, fermentavam misturas quebradas no underground inglês, todas apontando para o surgimento da primeira grande explosão de breakbeats no cenário eletrônico/dance. Inclassificáveis como Renegade Soundwave e Depth Charge, bleep’n'bass como Unique 3, LFO e Sweet Exorcist, a fusão de ragga/reggae com raps velozes do Shut Up and Dance e a porrada industrial pós-new beat/techno belga de Joey Beltram e Mundo Muzique arrebentaram os portões para a chegada da era hardcore.

O esqueleto do hardcore era breakbeat, rompendo a corrente house e techno que a acid house tinha estabelecido. Ouça discos como “Charly” e “Everybody In The Place”, primeiros hits do Prodigy, “On A Ragga Tip”, do SL2, “Playing With Knives”, do Bizarre Inc, “Bombscare”, do 2 Bad Mice, “Trip to the Moon”, do Acen, “Hardcore Heaven”, do DJ Seduction, e “Evapor-8″, do Altern 8. Dois dos maiores DJs dessa cena eram Fabio e Grooverider, que comandavam a Rage, em Londres. Carl Cox também tocava esse estilo, conquistando um hit na Inglaterra com o hardcore vocal “I Want You Forever”, em 92.

Se o uso do nome “hardcore” pode parecer estranho para quem está acostumado com o torque musical dos dias de hoje (ainda mais porque alguns desses hits têm melodia, acordes, pianos, mulheres etc.), pode crer que em 1991 essa cena era o que de mais insano, acelerado e forte que as pistas já tinham presenciado. Em mega-eventos como Fantazia e Eclipse, a vibe era de uma panela de pressão prestes a ir pelos ares. O fortíssimo ecstasy snowball bombardeava as cabeças, enquanto as pistas e o som das caixas nunca tinham sido tão rápidos, eufóricos e agressivos. O hardcore varreu o Reino Unido (Prodigy, SUAD, SL2 e Bizarre Inc estão entre os que chegaram nos primeiros lugares da parada britânica, mesmo só tocando em rádios-pirata e raves), levando a música eletrônica a novos níveis de popularidade.

Depois de quase dois anos com fumaça saindo pelas orelhas, a cena hardcore foi perdendo gás e virando uma caricatura para muitos (os que não se incomodaram seguiram felizes na cena happy hardcore). Para outros, o excesso de euforia via drogas estava cobrando a conta, era hora de acalmar. Liam Howlett, do Prodigy, apareceu nessa época na capa da Mixmag desdenhando o hardcore. Na Inglaterra, fãs em massa migraram para respirar em clubes de house, garage ou techno cerebral ou foram buscar a última novidade no incipiente trance. Foi nessa época que o termo jungle começou a mostrar as caras, usado em discos de hardcore ainda mais rápidos e com breaks espalhafatosos, onde elementos sombrios e citações ragga/reggae estavam mais em evidência. O jungle era mais black, mais marginal, mais urbano e mais visceral que o hardcore. A atitude de discos de Ragga Twins, M-Beat, Jonny L, Rob Playford, Andy C, DJ Hype e Rufige Kru (projeto inicial de Goldie) era séria, bem longe da alegria do raver de chupeta e flúor. O jungle nasceu com fama de barra-pesada e ilegal. Em Londres, em 93 e 94, era praticamente só o que se ouvia nas muitas rádios-pirata da cidade.

Mas em um par de anos, o jungle tinha aberto bem o leque, puxando jazz, ambient, soul, pop, música clássica e electro para seu suingue, mudando até de nome. Ele agora se reagrupava sob um rótulo mais universal e menos carregado de conotações: drum’n’bass. Nos laboratórios sônicos de nomes como Total Science, LTJ Bukem, Alex Reece, Peshay, Photek, Four Hero e Roni Size (que anos depois teria os projetos Reprazent e Breakbeat Era) se aperfeiçou uma ciência dos breakbeats que foi a música mais vanguardista da face da terra no período 1994-96. O drum’n'bass foi o primeiro gênero musical a ser inventado na Inglaterra em muitas décadas. Goldie virou popstar por um tempo. E os DJs mais conhecidos do Brasil no mundo se chamam Marky e Patife. E, se hoje o drum’n'bass não é mais tão vanguarda assim, o impacto de seus breakbeats continua fazendo carnaval em qualquer avenida.

Enquanto isso, em outros porões e pistas, novos usos do breakbeat borbulhavam. Um single lançado pelo selo Junior Boys Own apresentava os Dust Brothers e sua faixa “Song To The Siren’, breakbeat de peito estufado, meio ácido, químico e orgânico. O álbum de dupla, “Exit Planet Dust”, lançado no Reino Unido em 26 de junho de 1995 foi um marco. A faixa “Chemical Beats” forjou a equação clássica do breakbeat, cargas acid com beats quebrados gigantescos, um dos grandes responsáveis pelo revival da Roland TB303 na década de 90.

A dupla Dust Brothers tinha copiado seu nome de dois produtores americanos (que tinham trabalhado com os Beastie Boys, entre outros). Quando estes chiaram com a “homenagem”, o par inglês virou Chemical e, na sequência, o Segundo Maior Grupo de Música Eletrônica do Mundo.
Seus métodos e cérebro eram de hip hop e eletrônico, mas seu coração nunca deixou de ser pop e rock. Seus singles marcaram as vidas de um monte de gente que se inspirou e foi lançar discos com essa nova postura: Norman Cook aka Fatboy Slim, General Midfield, Supercharger, The Crystal Method, Overseer, Apollo 440, Lunatic Calm, Death in Vegas, Cut La Roc, Hardknox, Dub Pistols, Bentley Rhythm Ace, Jon Carter aka Monkey Mafia, Propellerheads e mais um monte de caras que vieram a representar um gênero chamado big beat, que mais tarde seria o grande responsável pelo que conhecemos hoje como “Nu Skool Breaks”.

Já em Bristol, o vapor claustrofóbico do Massive Attack tinha gerado dois artistas formidáveis: Portishead (com um ex-engenheiro do Massive Attack) e Tricky (ex-membro do Massive Attack). Essa turma praticou uma música densa e soturna, com influências de blues e música de cinema, chamada genialmente de “trip hop”. Do outro lado do mundo, o americano DJ Shadow ofereceu respaldo a esse clima introspectivo com suas amplas paisagens de breaks e samples. Vieram os artistas do selo Mo’ Wax e grupos como Morcheeba, Lamb e Moloko. Nascia o primo rico do hip hop e a família breakbeat ficaria maior. Pena que o trip hop passou de underground a música de publicitário em tão pouco tempo.

Nos EUA, especialmente na região de São Francisco e na Flórida, breaks surgiram aos montes associados a idéias de deep house, house psicodélico e variações funkeadas em trabalhos do Dubtribe Sound System, os irmãos Hardkiss, DJ Sharaz, Huda Hudia, DJ Fixx, Baby Anne, DJ Icey e DJ Dan. Com DJs ingleses de progressivo como Sasha e John Digweed indo direto para Orlando, despontou um grande entusiasmo por breaks bonitos, melódicos e viajantes nos dois lados do Atlântico.

No lado mais experimental, fritados como Aphex Twin, mu-Ziq, Si Begg, Alec Empire (Atari Teenage Riot), Asian Dub Foundation e Squarepusher torceram breakbeats em novas formas, velocidades, idealismos e cadências. E “Papua New Guinea”, do Future Sound of London, deu a deixa para inúmeros discos de chill out/downtempo/lounge/ambient que usavam breaks num contexto tranqüilizante, viajante e inteligente.

O termo Nu Skool Breaks começou a ser usado por volta de 99. É rejeitado por muita gente envolvida na cena breakbeat mundial hoje, como sempre acontece com esses rótulos inventados pela imprensa especializada. Também, agrupar numa mesma sub-categoria nomes tão distintos como Aquasky, Friendly, Soul of Man, Freq Nasty, Smithmonger, Santos, Drumattic Twins, Krafty Kuts, Freestylers, General Midi, Klaus Hill, BLIM, Vandal, Rennie Pilgrem, Adam Freeland, NAPT, Koma & Bones e Plump DJs, com discos que se encaixam em sets de progressivo, techno, drum’n’bass ou house, é mais uma daquelas generalizações facilitadoras mas imprecisas. As referências ouvidas em discos de breaks incluem disco, electro, acid, funk, rock, techno, música celta, country, samba e muito mais.

O breakbeat vai em ritmo embalado no Reino Unido. O programa especializado da Radio One, apresentado pela “veterana” Annie Nigthingale (mais de 60 anos tem a moça), ganhou horário mais nobre e mais tempo. Muitos eventos já tiraram os breaks da pista 2 e se dão bem colocando o gênero com atração principal. A Fabric (um dos principais clubes de Londres e do mundo) faz noites com as três pistas rolando vertentes do breakbeat, com casa cheia. A festa do Breakspoll International Awards (a maior premiação internacional do breakbeat) rola todo ano no Fabric. O acontecimento premia os melhores artistas, melhor rádio, promoter, selo, loja, festa e até o MC também é lembrado.

Enquanto isso, o corrosivo breakcore vai se espalhando pelos subterrâneos, com nomes como DJ Scud, Brooklin Beatz e Megadebt. E tem ainda o picotamento microscópico de breaks dos virtuosos DJs turntablists como Kid Koala, QBert, Invisible Sktratch Pikls e DJ Spinna. Ironicamente, o lugar onde menos se experimenta com o breakbeat hoje é no hip hop tradicional mesmo. O que era de esperar, já que faz tempo que o estilo tirou o foco da arte do DJ para centrar o holofote só no MC e nos mais conhecidos interpretes metidos a gangters.

Em meados de 2000, para quem imaginava que já havia visto e ouvido de tudo, eis que surge um dos gêneros mais inteligentes e rico em influências já criado nessa esfera cosmopolita em que habitamos. Inovador e destemido, o dubstep em pouco tempo de vida, conquistou inúmeros admiradores e adeptos. Filho bastardo do drum’n’bass, o dubstep vem da máquina rítmica do uk garage e, portanto, é descendente direto do house e breakbeat. Seu predecessor, o two step, retirava a segunda e a quarta marcação dos kicks do loop e distribuía hit hats pelo espaço faltante, criando um padrão diferente do conhecido 4×4 do house, techno, trance e, obviamente, diferente das sub-vertentes do até então improvável breakbeat.
“Conforme o drum’n’bass foi ficando cada vez mais rápido, pesado e barulhento, as garotas acabaram preferindo as pistas de uk garage. Havia uma grande quantidade de ex-ravers que freqüentavam as festas aos domingos. As rádios piratas também tocavam uk garage no domingo à tarde”, diz Simon Reynolds, jornalista, crítico musical e autor do livro Energy Flash: A Journey Through Rave Music And Dance Culture (1998).

No final da década de 90, alguns produtores de two step tais como El-B, J Da Flex, Oris Jay, Steve Gurley e Zed Bias desenvolveram uma predileção por arranjos mais sombrios. Soul e jazz ainda influenciavam suas produções, entretanto cada vez mais o som representava o espírito urbano, caótico, decadente, sinistro e paranóico das grandes cidades.
O dubstep passou por um período de transição, saindo do dark garage já flertando com o dub/reggae e desembarcando nos subúrbios ingleses de mãos atadas com o grime, conhecido mundialmente como o verdadeiro hip hop britânico.
Skream, Benga, Rusko, Caspa, Chase & Status, Burial e Distance são alguns dos principais artistas e guerreiros que apostaram no estilo e hoje colhem frutos maduros. No Brasil, Bruno Belluomini é o responsável em disseminar a já conhecida Bass Culture. Com festas, publicações, produções e inúmeras ações, Belluomini vem arrastando seguidores do gênero e fortalecendo ainda mais a cultura dos sons desconcertantes. Sempre enfatizando as regiões abissais do espectro sonoro. O bass, baixo, ou se preferir, o grave mesmo.

No Brasil, nomes como Camilo Rocha, Nego Moçambique, Punkyhead, Bart, Fabio F, MKM & GBX, Nedu Lopes, Nepal, Lui J, Lika Marques e Bruno Belluomini estão entre os principais artistas, precursores e disseminadores da “cultura breakbeat”. Festas e eventos destinados aos amantes do estilo, como a Discology vs Quebrada, Krek, Boogie Monster, Unbreakable, ElectroBomb, Phat Breaks, Anarchy in the Funk (também o 1º selo destinado aos breaks e electro por aqui), Go Bang!, Baixaria, entre outros não menos importantes, alimentam os mais interessados e os menos despreparados, educando e informando o que realmente está por trás desse gênero tão misterioso, empolgante e fascinante.

Onde se olhar na paisagem eletrônica, pode-se achar breakbeats: house, ambient, o jazz dos broken beats, hard techno, acid e nos inúmeros trechos de breakbeats inocentemente infiltrados nas diversas vertentes… Tá certo, afinal quem não gosta de requebrar?
”É preciso viver o blues…” T-Bone Walker, (se referindo objetivamente ao que era preciso para se tocar o blues).


Créditos:
Texto original e pesquisa por Camilo Rocha.
Texto adicional, pesquisa, arte e diagramação por Punkyhead.

terça-feira, setembro 29, 2009

technics SL-1200 o toca discos que é sonho de consumo de todo dj



Hoje no blog Freestyle Forever um pouco sobre o lendário toca discos SL- 1200 que todo dj sonha em ter.

Technics SL-1200 é uma série de toca-discos fabricados desde Outubro de 1972 pela Matsushita sob o
pseudônimo de Technics.

Originalmente lançado com um toca-discos de alta qualidade, rapidamente foi adotado por radialistas e disc jockeys. Desde o seu lançamento em 1978, a SL-1200 MK2 e seus sucessores tem sido o toca-discos mais comum entre os DJs de clubes e os DJs de performance (turntablists) que as usam para os scratches. As MK2 apresentaram diversas mudanças, incluindo alterações no motor e aparência externa. Desde 1972, mais de 3 milhões de unidades foram vendidas. Muitos dos modelos fabricados nos anos 70 ainda estão em uso. Rappers se referem ao toca-discos como "1200", "Technics", "Tec 12" e "ones and twos".

A SL-1200MK2, lançada em 1978, tem acabamento prata. Futuramente os modelos 1200 também seriam comercializados com acabamento preto. A Technics atualizou o motor e a resistência a choques; o pitch rotativo foi substituído pelo controle deslizante. Este é agora o modelo base e o mais velho ainda em produção. A SL-1200MK2PK é comercializada apenas nos EUA com acabamento preto. A SL-1210MK2 é a versão preta das SL-1200MK2. A SL-1200MK3, lançada em 1989, tem acabamento preto assim como as 1210, plugues RCA dourados. Foi destinado apenas para o mercado asiático. A SL-1200M3D (1997) teve adicionado um botão de quartz que reseta o pitch imediatamente ao ponto 0. A SL-1210M3D é a mesma versão que a SL-1200M3D exceto pelo acabamento preto. A SL-1200MK4 (1997) é somente disponibilizada para venda no Japão. Este é o último modelo que possui o vão no meio do controle deslizante do pitch. Foi adicionado um terceiro botão de 78 rotações a direita dos botões de 33 e 45 RPM. Foi também desenhada com cabos RCA removíveis. A SL-1200MK5 aumenta o controle anti-skate de 0–3 para 0-6 gram-force. A SL-1210MK5 é a versão preta da SL-1200MK5. A SL-1210M5G foi lançada no Japão em primeiro de Novembro de 2002 (junto com a MK5). É a versão de aniversário de 30 anos da SL-1200. A diferença desta para modelo MK5 é a habilidade de variar o pitch entre ±8% e ±16%. A luz de iluminação é azul assim como a iluminação do pitch. O controle de pitch neste modelo é totalmente digital. Existem edições limitadas com acabamento dourado SL-1200LTD (1998) e SL-1200GLD (2004).. A SL-1200MK6 e SL-1200MK6K1 (preta) lançada em 2007 é o último modelo da Technics até o momento para este toca-discos e apresenta algumas mudanças técnicas.

Um Pouco Sobre Depeche Mode Synth Pop de Primeira




Estou trazendo hoje a biografia do grupo depeche mode que fez muito sucesso na década de 80 com hits inesqueciveis como enjoy the silence e stranger love, para aqueles que não conhecem é uma ótima oportunidade de conhecer e para os que já conhecem saber um pouco mais sobre os caras, espero que gostem e ate o próximo post.

Ass: Claytonfreestyle



Depeche Mode é uma banda inglesa de música eletrônica (synth pop e synth rock) formada em 1980 em Essex, Inglaterra.A banda é a mais duradoura e bem sucedida que emergiu da era New Romantic e New Wave. Um dos grupos precursores do synth pop, o Depeche Mode é um dos maiores e mais importantes representantes da música eletrônica, ao lado de Pet Shop Boys, Erasure, New Order e Kraftwerk. Com o tempo, o Depeche Mode ficou cada vez mais criativo, maduro e bem-produzido, tomando uma vantagem enorme em cima de seus concorrentes conterrâneos e até sobre o próprio Kraftwerk e hoje é considerado uma enorme influência para diversas bandas de pop e rock atuais, como Smashing Pumpkins, Linkin Park, Lacuna Coil e Deftones. Possuindo também uma lista de fãs ilustres como Marilyn Manson, Trent Reznor, Scott Weiland, Robert Smith, Tori Amos, Johnny Cash e Assemblage 23. Depeche Mode era inicialmente formado por David Gahan (vocalista), Martin L. Gore (tecladista, guitarrista, vocalista e compositor a partir de 81), Andrew Fletcher (tecladista) e Vince Clarke (tecladista e compositor de 80 a 81). Vince Clarke deixou a banda após o lançamento do álbum de estréia em 1981. Ele foi substituído por Alan Wilder, membro de 82 a 95. Após a saída de Wilder, o Depeche Mode continuou a carreira como um trio. Em 2006, era estimado que a banda já havia vendido mais de 91 milhões de cópias em todo o mundo (35 milhões de singles / 56 milhões de álbuns). A banda teve 44 canções nas paradas britânicas e já esteve mais vezes que qualquer outro artista entre os 40 mais ouvidos no Reino Unido sem alcançar o primeiro lugar. Seus maiores destaques musicais é um forte clima depressivo, romântico e épico, entre arranjos muito diferentes que resultam em uma sonoridade única. Também é reconhecido em parte por suas técnicas de gravação e o inovador uso de samplers. Apesar de exercer muita influência no cenário da Música Eletrônica e Dance, geralmente o Depeche Mode é classificado como Alternativo.

Depeche Mode no fim da década de 70: De bandas de Folk ao primeiro sintetizador A origem do Depeche Mode inclui diversas bandas e músicos. O primeiro passo foi em 1977, quando Vince Clarke conheceu Andrew Fletcher e formaram juntos a banda chamada No Romance in China, com Vince nos vocais e guitarra e Andrew Fletcher no baixo. Em 1978, Vince Clarke era guitarrista no The Plan, com o amigo de escola Robert Marlow nos vocais. Entre 1978 e 79, Martin L. Gore era parte de uma dupla acústica chamada Norman and the Worms, com o também amigo de escola Philip Burdett (atualmente, um cantor de música folk) nos vocais e Martin responsável pelo violão. Em 1979, com Robert Marlow nos vocais e teclados, Martin L. Gore na guitarra, Vince Clarke e Paul Redmond nos teclados, o grupo formou a banda The French Look,Em março de 1980, Vince, Martin e Andrew montaram a banda chamada Composition of Sound, na qual Vince era o vocalista.The French Look e Composition of Sound chegaram a tocar juntos em junho de 1980 em uma escola chamada St. Nicholas School Youth Club, em Essex. Logo após a formação da Composition of Sound, Vince e Andrew passaram a usar com sintetizadores (faziam todo tipo de ‘bico’ possível para conseguir dinheiro para comprá-los ou conseguiam emprestados com amigos).A entrada de David Gahan no grupo em 1980 só aconteceu depois que Vince o ouviu cantando em uma jam session fazendo uma versão da canção Heroes do David Bowie. A partir da presença de Gahan, o Depeche Mode passou a existir.

1980-1984: Do sucesso inesperado ao industrial obscuro O nome Depeche Mode foi baseado em uma revista francesa de moda (homônima) que Dave Gahan costumava ler, já que antes de seguir a carreira de cantor, ele estudava para ser estilista. A tradução do termo gera polêmicas, mas ao pé da letra significa "Despacho de Moda" - sendo que a palavra despacho pode ser interpretada de diversas maneiras, como notícia de extrema importância ou como algo feito com muita rapidez - gerando diversas traduções, por exemplo, "Moda Passageira", "Última Moda", "Moda Rápida" entre outras.Durante uma apresentação em uma casa de shows de Londres, a banda foi abordada por Daniel Miller, um músico do gênero eletrônico e fundador da renomada Mute Records, que estava interessado em gravar um single pelo seu emergente selo. O resultado deste contato foi Dreaming of Me, lançado em 1981, que alcançou a posição nº 57 nas paradas inglesas. Encorajados pelo surpreendente sucesso, a banda gravou um segundo single chamado New Life, atingindo a posição nº 11. Três meses depois, a banda lançou Just Can’t Get Enough – o primeiro que entrou nos 10 mais da parada britânica, ficando em 8º lugar. A canção título do single também fez grande sucesso no Brasil, inclusive como trilha da novela Louco Amor-Rede Globo 1983. Este disco foi de várias formas um marco para a banda e seu sucesso abriu o caminho para o primeiro álbum – Speak & Spell, de novembro de 1981, que também chegou ao Top 10. Segundo uma crítica no Melody Maker (jornal britânico especializado em música), era um ótimo álbum, um que teve de ser feito para conquistar novos públicos e satisfazer o público que “just can’t get enough”- simplesmente insaciável. Durante a turnê e divulgação do Speak & Spell, Vince Clarke passou a declarar um desconforto com o rumo que a banda estava tomando, “não há tempo de fazer nada” (Ellen, M., "A Clean Break", Smash Hits, Fevereiro - 1982). No fim de 1981, Clarke anunciou publicamente que estava deixando o Depeche Mode e, em seguida, se juntou a Alison Moyet para formar o Yazoo (depois, em 1985, formou o Erasure com Andy Bell). Com a saída do principal compositor, o Depeche Mode precisava de uma nova direção. Martin L. Gore, que já havia escrito Tora! Tora! Tora! e Big Muff, assumiu a função. Em 1982, a banda lançou See You, primeiro single sem Clarke, e que, contra todas as expectativas, ultrapassou os sucessos anteriores atingindo a 6ª posição nas paradas do Reino Unido. No mesmo ano, dois outros singles foram lançados, The Meaning of Love e Leave in Silence, e a banda embarcou em sua primeira turnê mundial – See You Tour. Em setembro, o segundo álbum foi lançado, A Broken Frame, com resquícios da passagem de Clarke pela banda, mas já apresentando um pouco do que a banda se tornaria nos anos seguintes. Durante o início das gravações de A Broken Frame, a banda percebeu que precisaria de um quarto membro para a turnê e outros compromissos, portanto, no fim de 1981, eles colocaram um anúncio no Melody Maker que dizia: Precisa-se de tecladista para banda bem colocada - não queremos “perder tempo”. Alan Wilder, aos 22 anos, respondeu ao anúncio e, após dois testes com Daniel Miller, foi aceito como o quarto membro do Depeche Mode. Apesar disso, Alan foi informado que não seria necessário para a gravação do álbum propriamente dita, já que a banda queria provar que poderia obter sucesso sem Vince Clarke. A primeira contribuição musical de Alan foi em 1983, no single Get the Balance Right!.No terceiro álbum, Construction Time Again (1983), o Depeche Mode decidiu trabalhar com o produtor Gareth Jones, no John Foxx’s Garden Studios. O álbum foi uma mudança radical no som do grupo, principalmente pela combinação de Synclavier e Emulator com os synths analógicos usados previamente. Um bom exemplo do novo som é o primeiro single do álbum, Everything Counts, com letra crítica sobre o capitalismo, que chegou a 6º lugar nas paradas britânicas e também entrou nos maiores sucessos na África do Sul, Suíça, Suécia e Alemanha. Alan Wilder também contribuiu nas faixas The Landscape is Changing e Two Minute Warning. Alan foi responsável por desenvolver alguns clássicos da banda, como o álbum Violator em 1990. Alan era o membro mais empenhado na produção, enquanto a vasta maioria das músicas era composta por Martin. Ele refinou os demos de Enjoy The Silence(composta por Martin) e Songs Of Faith and Devotion em 1993, sendo esses trabalhos com maior riqueza em termos de produção. Durante os primeiros anos de carreira, o Depeche Mode havia conquistado grande sucesso no Reino Unido, Europa e Austrália, entretanto, em 1984 o sucesso foi ampliado para os Estados Unidos com o lançamento de People Are People, um “hino” anti-preconceito. Aproveitando o sucesso, a gravadora americana Sire (muito famosa pelo seu apoio ao movimento Punk e as bandas Pós-Punk) lançou uma coletânea com o mesmo título. Um mês depois, o álbum Some Great Reward foi lançado com ótimas críticas. O Melody Maker classificou o álbum como um chamado para “prestar atenção no que está acontecendo por aqui, bem embaixo dos nossos narizes” (McIlheney, B., "Greatness and Perfection", Melody Maker, 29 Setembro de 1984).O material do álbum foi considerado mais “obscuro” que os trabalhos anteriores, com destaque para os temas de canções como Master and Servant, uma relação agressiva que envolve sadomasoquismo e abusos morais; Blasphemous Rumours, um protesto sobre a arbitrária justiça divina e Lie To Me, sobre adultério. O álbum incluiu também a bela Somebody, uma balada romântica com uma letra menos convencional.

1985-1989: Celebrações negras, amores estranhos e a consagração mundial Em 1985, após o lançamento de quatro álbuns (dois por ano), Depeche Mode dá uma pausa e lança duas coletâneas. The Singles 81 - 85 para o mercado europeu e Catching Up With Depeche Mode para o americano. Das duas, somente a coletânea européia foi lançada no Brasil, com a faixa inédita Shake The Disease, que foi sucesso de público e crítica e é faixa obrigatória na coleção dos fãs da banda. Foi durante essa fase que a banda passou a ser associada com a subcultura gótica, que se iniciou na Inglaterra e aos poucos ganhou popularidade nos Estados Unidos. Em oposição, na Alemanha e outros países da Europa, a banda era considerada ícone de adolescentes, um resquício dos primeiros sucessos, mesmo com o tom mais sério e obscuro que as canções tinham ganhando.A maior transformação do Depeche Mode aconteceu em 1986, com o lançamento do 15º single Stripped e o quinto álbum Black Celebration. As letras se tornaram mais reflexivas e a sonoridade mais complexa sem perder a característica do uso de samplers. Os destaques ficam por conta de Black Celebration e Fly On The Windscreen. Neste álbum, uma música cantada por Martin L. Gore se tornou um grande sucesso nos EUA: A Question of Lust. Nas versões em cd deste álbum há uma bonus track chamada But Not tonight que recentemente ganhou uma linda cover feita por Scott Weilland (Stone Temple Pilots, Velvet Revolver) para o filme Não É Mais Um Besteirol Americano.
O videoclipe de A Question of Time foi o primeiro dirigido por Anton Corbijn, diretor responsável pelos clipes da banda que até hoje que já dirigiu mais de 20 vídeos da banda. Além das gravações ao vivo, ele também assina pelas capas de álbuns e singles. Alan aproveitou o momento para trabalhar em duas demos, lançado o material como primeira realização de seu projeto paralelo que atendia pela alcunha de Recoil, o álbum recebe o título de 1+2, de 1986. Em 1987, o álbum Music for the Masses reforça as mudanças no estilo da banda. O produtor Dave Bascombe (produziu Tears for Fears) participou da produção e “aparentemente” a banda havia abandonado os samplers por mais experimentação musical. Na Inglaterra a reação ao novo som foi decepcionante, em oposição ao resto do mundo que adorou e consagrou grandes hits como Strangelove, Never Let Me Down Again e Behind the Wheel. Os críticos aclamaram o álbum quase em unanimidade e o sucesso de vendas nos Estados Unidos foi estupendo. Seguindo o Music for the Masses, o grupo fez a turnê mundial de 1987 a 1988, a Concert for the Masses Tour. Praticamente todos os ingressos disponíveis para os shows desta turnê se esgotaram e foi encerrada em um show com um público de 80 mil pessoas. Esta turnê foi documentada no vídeo 101 (agora em DVD duplo com extras). No Brasil, o álbum também foi um sucesso de vendas com excelente divulgação nas rádios, principalmente para o grande hit Strangelove – canção indispensável em qualquer referência aos anos 80 e até hoje pode ser ouvida em casas noturnas e eventos em todo o mundo. Em 1989 é a vez de Martin L. Gore mostrar seu trabalho solo em Counterfeit, com músicas cover de The Durutti Column, Tuxedomoon, Sparks, entre outros no meio de 1989. a banda começou a gravar em Milão com o produtor Flood. O resultado dessa sessão foi o single Personal Jesus, completamente diferente das gravações anteriores. Antes deste lançamento, foram colocadas mensagens publicitárias nos jornais do Reino Unido com a frase “your own personal Jesus” – ao pé da letra, seu próprio Jesus pessoal, individual – em seguida, os anúncios incluíam um número de telefone que era discado, ouvia-se a canção. Existem regravações dessa faixa por inúmeros artistas, entre eles Johnny Cash e Marilyn Manson. Em 2006, ela foi escolhida com umas das melhores canções de todos os tempos através de votação pela revista Q.

1990-1994: Fé e devoção a uma das maiores bandas do planeta em 1990, é a vez do lançamento do single Enjoy the Silence e do álbum Violator, também sob a assinatura do produtor Flood (U2, Erasure). O single foi o mais bem sucedido de toda a carreira da banda sua vendagem foi absurdamente incrível, perdendo apenas para gigantes como Madonna e Michael Jackson. Já o álbum Violator, alguns dizem ser o mais bem produzido de toda a discografia até hoje e um dos melhores álbuns da história do Pop, trazendo mega hits como Personal Jesus. A faixa Policy of Truth também fez enorme sucesso no Brasil. A World Violation Tour foi absurdamente bem sucedida, como por exemplo o show em Nova York para o Giants Stadium, que vendeu 40.000 ingressos em apenas oito horas. Depois dessa turnê, o Depeche Mode emergiu como uma das maiores bandas da época. Alan aproveita o intervalo para, em 1991, lançar mais um EP do Recoil, o Bloodline, que contava com a participação especial de Douglas McCarthy - do Nitzer Ebb - no vocal em uma das músicas. Songs of Faith and Devotion é lançado em 1993 e rendeu umas das maiores turnês da história, a Devotional Tour. O álbum, mais uma vez produzido por Flood, abusava das guitarras distorcidas de Martin L. Gore e da bateria acústica de Alan Wilder, e assim que chegou ao mercado, atingiu o primeiro lugar de assalto, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. Com um estilo mais rock que os álbuns anteriores, o Songs of Faith and Devotion também contou com influências gospel na presença de duas backing vocals de vozes marcantes em Condemnation, In Your Room e Get Right With Me. A turnê durou cerca de um ano e meio e, em 1994, chegou ao Brasil para duas apresentações em São Paulo. A Devotional Tour também foi documentada e lançada em vídeo (Agora em DVD duplo com extras) junto com uma nova versão do álbum ao vivo, chamada Songs of Faith and Devotion Live; apesar da indicação ao Grammy de Melhor Vídeo Longo de Show e a sua aclamação, o álbum ao vivo foi muito mau em vendas e tomado como um dos maiores erros comerciais da banda. Em 1994, o Depeche Mode tinha atingido o patamar da elite das bandas “de estádio” do mundo, ao lado de U2, R.E.M, INXS e The Rolling Stones. A longa duração da turnê, o abuso de drogas, as instáveis mudanças de comportamento de David Gahan devido seu vício em heroína e as constantes convulsões de Martin L. Gore geraram desgastes no relacionamento interno. No meio da turnê Andrew Fletcher voltou para casa com uma crise nervosa (fontes afirmam que foi também por causa do nascimento do filho de Andrew na época) e foi substituído nos shows por Daryl Balmonte, assistente da banda e que também trabalhava com o The Cure, inclusive nos shows de São Paulo. Por fim, Flood disse que devido ao inferno moral pelo qual passou dentro da banda, nunca mais trabalharia com ela (mudou de opinião depois e produziu um remix de Freelove em 2001).

1995-1999: A terrível queda, a dolorosa ressureição e o reconhecimento definitivo Em junho de 1995, Alan Wilder anunciou que estava deixando o Depeche Mode, dizendo que estava “insatisfeito com as relações internas do grupo e métodos de trabalho” (Jaakko's Depeche Mode – acessado em 3 de julho de 2007). Ele continuou trabalhando com seu projeto individual Recoil. Ainda segundo Jaakko's Depeche Mode, Alan disse que tinha contribuído significativamente com os últimos trabalhos e que sua participação nunca recebeu o respeito e reconhecimento que merecia. Após a saída de Alan Wilder, houve inúmeras especulações se o Depeche Mode continuaria a carreira e se gravaria mais. Os problemas do grupo eram inúmeros. Notícias que David Gahan havia tentado suicídio correram mesmo sob a negação do cantor. Outra polêmica foi uma overdose quase fatal que Gahan sofreu em sua casa em Los Angeles. Nos meados de 1996, finalmente o cantor se internou em um centro de reabilitação para combater seu vício em heroína e, atualmente, ele se declara completamente livre do vício. Apesar dos problemas pessoais de David, Martin L. Gore tentou várias vezes entre 1995 e 1996 fazer a banda voltar aos estúdios. Entretanto, David não aparecia e quando ia, levava semanas para conseguir gravar qualquer linha vocal. Apesar das dúvidas sobre a continuidade da banda, inclusive por parte de Martin, após a reabilitação de David Gahan, o Depeche Mode voltou a gravar.Em Abril de 1997, a banda lança o single It's no Good, maior sucesso desta nova fase. A música ficou muito bem colocada, inclusive no Brasil. Então o álbum Ultra é lançado, dessa vez produzido por Tim Simenon, que já usara a alcunha de Bomb the Bass( conjunto musical eletrônico que fez sucesso no Brasil e no mundo nos anos 80) e leva disco de ouro no Brasil. Ultra é o álbum mais pesado e "úmido" da história da banda. Outro single de grande sucesso no mundo foi Barrel Of A Gun, a mais pesada do álbum e uma das mais fortes da banda. Apesar do sucesso dos seus singles e a estréia em primeiro lugar no Reino Unido, o álbum não foi tão bem recebido pela crítica e pela maioria dos fãs, considerando um trabalho "pobre e hermético". Em função dos tratamentos do Dave Gahan para se livrar das drogas e dos próprios problemas da banda na turnê anterior, não houve nada além de duas pequenas apresentações, uma na Europa e outra nos EUA. Neste mesmo ano Recoil lança o seu primeiro LP, chamado Unsound Methods. Ele contou com muitos artistas convidados, entre eles a cantora Maggie Estep, novamente o vocalista Douglas McCarthy - do Nitzer Ebb - e a backing vocal da turnê Devotional, a saber, Hildia Cambell.1998 foi o ano em que o Depeche Mode lança a compilação The Singles 86-98 em CD e VHS (The Videos 86-98), que incluía um novo single, Only When I Lose Myself (gravada durante a produção do Ultra), de bela letra. Neste mesmo ano, a banda faz uma curta turnê chamada The Singles Tour de apenas quatro meses pela Europa, EUA e Canadá. Nos teclados, assumindo o lugar de Alan, estava Peter Gordeno. Na bateria, o excelente Christian Eigner deu vida ao show, que ficou perceptivelmente mais "orgânico" que nas turnês anteriores. Mesmo se recuperando ainda dos problemas internos e com uma curta turnê, ela atraiu um grande público, deu platina a coletânea (era uma coletânea dupla) e estabeleceu o Depeche Mode como uma banda que não importa se vende bem ou não, sempre tem turnês muito bem-sucedidas (Outras bandas nesse patamar são R.E.M., The Rolling Stones e U2). Também nesse ano foi relançada a edição remasterizada de The Singles 81-85 Ainda em 98, chegou ao mercado um álbum tributo chamado For the Masses que continha versões de canções do Depeche Mode gravadas por bandas como Smashing Pumpkins, The Cure e Deftones.

Anos 2000: Uma grande ascensão mundial Recoil lança seu segundo álbum, Liquid, em 2000, que não foi muito bem comercialmente. Exciter veio em 2001, com quatro singles: Dream On - inova com sua mistura de opostos (acústico e eletrônico), I Feel Loved - cumpre bem o papel de faixa comercial, sendo um grande sucesso nos clubes do mundo todo - Freelove - com a sua batida bonita, seu clima sério e seu belissimo final - E por último, já em 2002, é lançado Goodnight Lovers - uma baladinha (de boa letra) que nem chegou a ser executada na Exciter Tour, o que surpreendeu os fãs, que esperavam que The Dead Of Night ou The Sweetest Condition se tornasse o quarto single. Anton Corbijn, que já havia filmado o Devotional em 1993, filmou duas grandes noites da banda em Paris, tendo como resultado o mais ao vivo dos DVDs e um dos melhores da banda, o Depeche Mode: One Night in Paris, lançado em meados de 2002, também contando com a presença de Peter Gordeno e Christian Eigner no palco. A banda aproveita para descansar e trabalhar em projetos paralelos. Ainda em 2002, uma nova edição de The Videos 86-98 é lançada numa edição em DVD duplo, que incluía clipes raros como a versão original de Strangelove, os clipes de One Caress, But not Tonight e Condemanation (Paris Mix).

No início de 2003, Dave Gahan lança o primeiro trabalho solo, Paper Monsters, mais rock que tudo que já se viu no Depeche Mode, com influências até mesmo de blues (onde Dave Gahan toca até gaita); Dirty Sticky Floors, faixa principal do disco, foi bem executada nas rádios. O álbum teve uma turnê muito bem sucedida, contando com mais quatro excelentes músicos no palco. Com composições próprias, Dave Gahan começa a reclamar o seu espaço no Depeche Mode como compositor, o que gerou muitos comentários em público. Nesse interim, é lançado um álbum de covers (que também continha um DVD) Counterfeit II, projeto paralelo de Martin Gore, que tinha o single Loverman. Mais eletrônico que Dave Gahan, e mais depressivo também, o disco contou com o apoio de uma curta turnê pela Europa e EUA. No palco, dois músicos, além de Martin Gore, incluindo o tecladista Peter Gordeno. Ao final de 2003, o Depeche Mode relança uma edição especial do super clássico 101 em DVD, com dois discos, e algumas faixas que não tinham no VHS original e entrevistas recentes com Martin Gore, Dave Gahan e Andrew Fletcher. Em 2004, Dave Gahan lança o DVD Paper Monsters Live que incluía todas as faixas do álbum ao vivo e algumas do Depeche Mode, como: A Question Time, Never Let me Down Again entre outras. Todas as músicas foram também lançadas e um álbum que só foi vendido pela internet no formato MP3. Martin também lança uma versão do álbum Counterfeit II com músicas ao vivo desse projeto. É lançada também nesse ano a edição especial em DVD duplo do Devotional, incluindo algum material extra, entre eles as projeções de palco e as versões ao vivo de Halo e Policy of Truth, sem falar de um documentário feito pela MTV europeia na época. Também nesse ano, é lançado o álbum duplo Remixes 81-04, com uma edição limitada contendo um terceiro disco. Mike Shinoda do Linkin Park participou de uma nova versão de Enjoy the Silence, que teve até um single e um clipe novo. Playing The Angel, lançado em 17 de Outubro de 2005, foi precedido pelo single Precious. Gravado em Santa Barbara, Nova York e Londres. Playing The Angel foi criado mais rápido que os dois últimos CDs da banda e, pela primeira vez, incluiu três faixas escritas por Gahan, sendo co-produzido por Ben Hiller (Some Cities, do Doves, e Think Tank, do Blur). O album teve um bom desempenho apesar de alguns fãs alegarem estar mal mixado, destaque para os singles Suffer Well (ecrito por Gahan), A Pain That I'm Used To, John The Revelator e os não singles The Darkest Star, Macro e I Want It All. Playing The Angel representa um retorno criativo e atualizado à sonoridade dos anos oitenta, sendo um dos melhores trabalhos do grupo em toda a sua carreira. Em 2007 Dave Gahan lança Houglass, seu segundo trabalho solo. Mais eletrônico e mais Depeche Mode, singles como Kingdom e Saw Something chegaram a entrar nas paradas inglesas e americanas. No mesmo ano, Gahan faz uma pequena turnê, tendo lançado também um album virtual do material ao vivo do novo trabalho, Live in SoHo, pelo itunes. No mesmo ano, Dave Gahan já anuncia um novo album com o Depeche Mode, a ser lançado em 2009. No dia 15 de Janeiro de 2009, o site oficial anuncia o nome do album, e no dia 20 de Abril o album Sounds of the Universe é lançado, ficando em 1º Lugar em 21 países e ficando durantes semanas na lista dos mais vendidos na Europa, ultrapassando nomes de peso como Green Day e U2, Wrong foi lançado no dia 21 de Fevereiro e Peace, seu segundo single foi lançado no mercado europeu no dia 15 de Julho, e fez grande sucesso na MTV Brasil. Como anunciado no dia 6 de Outubro de 2008, uma turnê mundial iria começar para a promoção do album, e iria incluir páises que não foram agraciados com turnês nos últimos anos como os da América Latina principalmente, fazendo shows no Chile, Peru, Colômbia, Argentina e Brasil. Para a decepção de milhares de fãs, a Tour Of The Universe não iria mais tocar no Brasil, no dia 22 de Julho de 2009, os dois shows da turnê que seriam realizados no Rio de Janeiro e São Paulo foram cancelados. Os fãs fizeram um grande protesto com um site, composto por um abaixo assinado e um video, o endereço do site é www.depechemodenobrasil.net Grande influência e fonte de inspiração Em 2 de Novembro, o Depeche Mode ganha o prêmio de melhor banda do ano, no MTV Europe Music Awards, concorrendo com as Pussycat Dolls, Red Hot Chili Peppers, Keane e Black Eyed Peas. A influência do Depeche Mode pode ser notada por bandas tão diferentes que fizeram um álbum de tributo ao grupo em 1998. O potencial da banda dentro do cenário musical é enorme, principalmente na música eletrônica e Pop. Abaixo, segue-se uma lista de bandas que foram influenciadas, muito ou pouco, por Depeche Mode.Deftones, Lacuna Coil, Placebo, Camouflage, Linkin Park, Smashing Pumpkins, Rammstein, Paradise Lost, Coldplay, The Killers, Franz Ferdinand, HIM, Keane, The Bravery, Information Society e Pet Shop Boys. Outras menores também, como The Junior Boys, Gus Gus, Veruca Salt, God Lives Underwater, Hooverphonic, Failure, Apollo Four Forty e Monster Magnet. Existem bandas também que são fãs de Depeche Mode e acredita-se que já trocaram influências com a banda, como é o caso do The Cure, Foo Fighters, Queens of the Stone Age e Nine Inch Nails; ou artistas como Marilyn Manson, Tori Amos e Johnny Cash. Existem também bandas e artistas brasileiros que foram influenciadas pelo trabalho do Depeche, como Jay Vaquer, Alex Góes, o Skulk ou a banda cover Strange Mode. Os Pet Shop Boys ouviam muito o álbum Violator e o usaram como inspiração para o seu aclamado álbum Behavior. Neil Tennant disse que "Nós estávamos ouvindo o álbum Violator, que era realmente um bom álbum. Ficamos com muita inveja"; enquanto Chris Lowe disse "Eles realmente aumentaram de nível". Chester Bennington, principal vocalista do Linkin Park foi bastante inspirado pela banda, como pode ser visto pelos seus trajes no clipe de "What I've Done". Outro membro da banda, Mike Shinoda, recentemente afirmou: "Depeche Mode são uma das bandas mais influentes de todos os tempos, e são uma grande inspiração para mim".Entretanto, a maior e mais criticalmente reconhecida participação da banda foi definitivamente ser peça-chave na "explosão dance music" de Chicago e de Detroid, onde vários DJ's e produtores como Derrick May, Kevin Saunderson e Juan Atkins aclamavam a banda como maior influência, principalmente depois do lançamento do Music For The Masses. As bandas que influenciaram o Depeche Mode são principalmente o Kraftwerk, Velvet Underground e David Bowie. Ao vivo, admiram a banda punk The Clash. A banda resolve dar uma pausa, depois de uma das suas melhores turnês, a Touring The Angel, que teve uma média de 40 mil pessoas por show. Em Setembro de 2006, foi lançado o DVD duplo (com uma rara edição tripla) Touring The Angel: Live In Milan, com duas noites da banda e um grande show na cidade de Milão. Existem muitas coisas que o Depeche Mode fez que nenhuma outra banda do mesmo gênero faz, como por exemplo ser a única banda de música eletrônica a se apresentar em estádios, ter uma base enorme de fãs dedicados por todo o mundo e sempre ter álbuns estreando no Top 10 da Billboard 200, mesmo com mais de 25 anos de carreira. Seus álbuns vendem em média mais de 3 milhões de cópias; tem 18 singles na US Hot 100, 4 singles em primeiro lugar na US Modern Rock e 7 singles na US Hot Dance/Club Play, e mais de 20 singles no total a chegar em paradas de sucesso, de um modo geral. Em Maio de 2007, após cálculos e contagens das gravadoras, chegou-se ao resultado de 16 milhões de cópias vendidas nos EUA sozinhos, não incluindo singles. O Depeche Mode é considerado "a banda de música eletrônica mais popular de todos os tempos" pela grande maioria da crítica e do público mundial; superando grandes concorrentes, como New Order e os Pet Shop Boys.

quinta-feira, junho 18, 2009

Não confundam um estilo com outro.











estava eu dando uma navegada na net quando me deparei com o yahoo respostas, um site de perguntas e respostas no qual sou cadastrado, e aonde uma garota fazia uma pergunta meio que inusitada, e por estar meio ocioso resolvi ler algumas respostas das quais a escolhida como melhor resposta era coerente em relação ao assunto, tudo bem alguém tinha que saber pelo menos o mínimo sobre aquele ritmo que confesso também gosto, então já que gostei da resposta resolvi ler outras, e ai que começou a minha decepção, por saber que a maioria das pessoas acham que funk é essa famigerada musica produzida no rio de janeiro, apesar de ter varias explicações sobre esse ritmo norte-americano na internet incluindo a melhor resposta do assunto citado, mas parece que infelizmente mesmo sabendo que esse estilo carioca de musica não é funk, continuam a chamar de funk, isso é um absurdo, pois não podemos confundir um ritmo com outro, seja ele qual for, seguindo essa linha de raciocínio eu bem que poderia chamar a musica sertaneja de country ou vice-versa, infelizmente em um país sem cultura você acaba se passando por chato tentando explicar esses fenômenos culturais para os leigos, mas acho que quem realmente tem interesse em conhecer e aprender coisas novas sobre o ritmo, corre atrás, e vai achar as informações que deseja, e abrir os olhos para um ritmo que ao contrário do que as pessoas pensam, não usa de subterfúgios para fazer sucesso. como já dito anteriormente, que busca na sexualidade e nas palavras de baixo calão o sucesso entre os incultos e classes menos intelectualizadas, se apossando do que é dos outros, é isso ai pessoal foi apenas uma opinião desse humilde escriba que vós fala, e ate o próximo post.

Ass: Claytonfreestyle

quarta-feira, maio 20, 2009

Arthur Baker Planet Rock, Freestyle e Outras Histórias



Arthur Baker pra quem não sabe foi um dos produtores mais atuantes na cena eletrônica dos anos 70 e 80, junto com kraftwerk mudaram o modo de se produzir musica eletrônica, eu posso afirmar com certeza a sua imensa contribuição para musica, por esse que foi um dos icones da musica eletrônica nas décadas de 70 e 80.

Ass: Claytonfreestyle

Com toda certeza Arthur Baker é uma das figuras mais importantes da música decorrente dos anos oitenta. Nascido em Boston, Massachussets, onde começou a discotecar, principalmente influenciado pela Soul Music da Filadélfia. O seu primeiro trabalho como produtor ocorreu no ano de 1977, no auge da Disco Music com seus 22 anos de idade. Pelo selo West End, com o pseudonome de North End, lançou Kind of Life ( Kind of Love), que ele classificou como um tributo à região italiana de Boston. Na mesma época pelo selo Emergency, em parceria com Russel Presto, Tony Carbone, Maurice Starr e Michael Jonzun, lança a faixa Happy Days, último trabalho no qual não usou bateria eletrônica. Dois anos depois em 1979 ele é convidado a trabalhar com o cantor Joe Bataan.

Desta sociedade surge a música “Rap-O, Clap-O”, pelo selo Saul Soul. Segundo o cantor Joe Battan este foi o primeiro Rap gravado na história da música, antes mesmo que Kim Tim III e Rapper’s Delight da Suggarhill Gang. Nesta época Arthur Baker já se encontrava em Nova Iorque, onde começava uma revolução musical vinda das ruas e guetos da cidade. Trabalhava como vendedor em uma loja de disco, e na suas folgas andava pelos parques observando os b-boys (dançarinos de break), e os sons que eles ouviam, que ia da Disco Music à música eletrônica , que revolucionaria do grupo alemão Kraftwerk com Trans Europe Express, que na época era a musica preferida dos b-boys.Em 1981, com seu parceiro o tecladista John Robie, Kevin Donovan, também conhecido como Afrika Bambaataa e o DJ Kool Herc da Soul Sonic Force, produz um clássico e marco na história da música influenciando vários movimentos que viriam a seguir, como o Eletro, o Freestyle e próprio Hip Hop.

“Planet Rock” é a música, gravada no final de 1981. Arthur Baker usa samples de Trans Europe Express do Kraftwerk, e diz ter tocado a Demo pela primeira vez em uma festa de Natal em 1981. Arthur revelou que quando gravaram “Planet Rock”, sentiram que estavam entrando para a história da música. Ainda com o Afrika Bambaataa produziu “Looking For the Perfect Beat” e “Renegades of Funk”. No ano seguinte, 1982, produziu faixas para o filme Beat Street, primeiro filme a relatar o movimento do Break que explodia nas ruas de Nova Iorque. As faixas eram “I.O.U” do Freeez e “Walking On Sunshine” do Rockers Revenge. Ainda em 1982, Arthur Baker mais uma vez em parceria com seu amigo o tecladista John Robie, lança “Play At Your Own Risk” do Planet Patrol, usando a mesma base de Planet Rock, com a batida um pouco mais lenta, teclados melódicos de John Robie, e letra sentimentalista do Planet Patrol, esta música serviu de base para tudo que foi criado daí por diante no estilo Freestyle.Observamos mais uma vez a presença marcante e fundamental de Arthur Baker na criação de um novo estilo de música nos anos 80.

A fama do produtor se espalha pelo mundo, e em 1983, os integrantes no New Order viajam para Nova York ao encontro de Arthur Baker, em busca de inspiração e uma nova cara para o seu som, tentando fugir da melancolia do Joy Division, banda que faziam parte até o vocalista Ian Curtis se suicidar. Após alguns dias em estúdio surge “Confusion”, uma fusão das novidades tecnológicas e criativas usadas pelo produtor, que incluía o uso de samples, a prática dos loopings, etc, com a instrumentação melódica do New Order. E é claro a música foi sucesso, e influência para as futuras produções do grupo.Arthur Baker não só produziu, mas também criou projetos como o Criminal Element Orchestra com destaque para a faixa “Put The Needle To The Record”, de 1987, sampleada pelo M/A/R/R/S em “Pump Up The Volume”. E ainda Breaker’s Revenge de 1984, na qual Baker usou samples de “Girls Just Wanna Have Fun” da Cyndi Lauper. Na verdade, mesmo tendo feito uso de muitos samplers, Baker foi mais sampleado do que ao contrário. A lista de artistas com que Arthur Baker trabalhou no longo desses anos é imensa e de respeito, além de muito eclética. Segue alguns nomes: Bob Dylan, Bruce Springsteen, Rolling Stones, U2, David Bowie, Cyndi Lauper, Diana Ross, Loud Reed, Jimmy Cliff, Robbie Willians, New Kids On The Block ( até eles!). Tem mais: o respeitado Quincy Jones, Gypsy Kings, Debbie Harry, Oingo Boingo, Tom Tom Club, Bee Gees, All Green, Ottis Reding, Nene Cherry, Lolleatta Hollaway, entre tantos outros. Isso mostra a indiscutível importância de Arthur Baker no mundo da música.Pioneiro do Hip Hop, Freestyle, Electro e também figura importante na música eletrônica que existe hoje em dia. Graças a tudo que ele criou com mais alguns poucos como o produtor italiano Giorgio Moroder, podemos dizer que Arthur Baker é o homem a ser homenageado. A frase que li em um artigo perguntava: O que seria da música hoje sem o dedo de Arthur Baker? Impossível dizer, afinal Baker ajudou a criar praticamente tudo que ouvimos e dançamos nos anos 80.Ultimamente com mais de 60 anos Arthur Baker é dono de restaurantes e uma rede de salões de sinuca chamada Elbow Room. De vez enquando sai discotecando pelo mundo em projetos como a noite itinerante “Return To New York”, que viajou o mundo em 2006. E mais recentemente está com o projeto de uma nova banda chamada Merge pela gravadora Polygram, onde não é só o produtor, mas também líder da banda e tecladista.

by ALEX NASCIMENTO D.J.


FONTE: DE VOLTA AO ANOS 80 !!!!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Um pouco da historia do Synth Pop rítmo que se assemelha muito ao Freestyle.

Quero agradecer ao site autobahn que ajuda e muito a divulgação dos estilos nascidos nos anos 80, quem quizer dar uma conferida la so clicar no link abaixo valeu.

www.autobahn.com.br

Ass: Claytonfreestyle


Synth Pop

Kraftwerk
Gary Numan "Anos 80 - A Década do Technopop"Assim era a manchete da última edição da década da revista de música mais respeitada do planeta "New Musical Express"
Ano... 1968...Cidade: Dussedorlf - AlemanhaUma banda chamada Organisation, onde em seu núcleo encontramos dois músicos que se formaram com Karlheinz Stockenhausen, um professor de música erudita, que fazia experimentos com sons tirados de transmissores, antenas, mas nada com rítmo, apenas como experimentos em suas aulas, ritmos e climas espaciais. Esses dois jovens, chamados Florian Schneider e Ralf Hutter se destacaram pelo interesse nos experimentos em produzir sons inéditos. Em 1970 eles deixam o Organisation para formar o Kraftwerk o primeiro experimento em eletrônica com ritmo na história da música. Começava assim a história da música eletrônica como conhecemos hoje, techno, house, synthpop, freestyle, EBM, New Beat, trance, Technodrome, Technohouse, Acid House, Break, e mais dezena de estilos que nasciam do synthpop, o ritmo mais revolucionário após a chegada do rock.

Lançaram 3 álbuns com distribuição independente, apenas na cidade natal e alguns pontos da Alemanha. Mas foi com o álbum Autobahn, de 1974, que mudou a linha da história da música. Foi o primeiro disco de música eletrônica a chegar no resto na Europa, América, etc. E o mais importante, foi o primeiro disco a dispensar formalmente o uso de guitarras e bateria. Quando o disco chegou à Inglaterra e Estados Unidos, os garotos que frequentavam as matinês, eram os futuros integrantes do Depeche Mode, New Order, Pet Shop Boys, Erasure, Human League, Eurythmics, Devo... que simplesmente se apaixonaram por Autobahn, aquelas dezenas de sons que eles nunca tinham ouvido tirados de teclados e sintetizadores construídos pelos próprios integrantes da banda, era algo visionário definitivamente apaixonante que formaria o gosto musical destes garotos. Anos depois todos eles começaram a formar suas próprias bandas de synthpop.

Depeche Mode, New Order e Erasure
Os jovens do Ultravox, uma das primeiras bandas eletrônicas do país da rainha, formaram assim uma banda com objetivo futurista, mas ainda não tinham condições de terem seus próprios instrumentos eletrônicos. A banda fez shows com o que tinham durante 3 anos, guardando tudo o que ganhavam para em 1978 comprar um sintetizador e finalmente gravarem seu primeiro álbum. Gary Numan na época no Tubeway Army não teve história muito diferente, e quando conseguiu arrecadar o suficiente se tornou o primeiro músico inglês a usar um sampler em música, Cars foi a primeira música inglesa com samples. Em Sheffield, uma banda de analistas de sistemas que começavam a programar os primeiros computadores daquele país, fazia seus primeiros experimentos na música, assim nascia a banda mais futurista da Inglaterra o The Future, mais tarde encontraram um vocalista que se adaptou à proposta e criaram o Human League. "Futuristas" esse foi o primeiro termo que as bandas de synthpop receberam. O Human League acabou sendo a primeira banda a trazer o synthpop para o lado de cá do Atlântico. Com Don't You Want Me entraram para a história como a primeira banda inglesa a liderar a parada nos Estados Unidos desde os Beatles. Ali se formava o estilo que iria dominar toda a década de 80. Conhecido como o legado dos anos 80, cada década deixou sua marca na história, rock nos 60, a disco music foi o legado dos 70 e sem dúvida o synthpop foi o grande legado dos 80, o que os anos 80 deixaram para a história da música. Essa mudança na linha da música, orquestrada por Autobahn em 1974, se tornou a base da sonoridade da década de 80. As primeiras bandas de synthpop, eram totalmente experimentais e só encontravam espaço em gravadoras independentes, graças ao synthpop as gravadoras independentes (conhecidas como "indies"), dominaram a década de 80. Os assuntos geralmente passavam por todos os avanços tecnológicos da humanidade, clones, engenharia genética, andróides, computadores, o futuro estava ali, as bandas futuristas (termo também usado para definir os New Romantics, que faziam suas sonoridades baseadas no synthpop). Uma época em que o cinema destacava a ficção futurista. Guerra nas Estrelas, Blade Runner, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, a música não podia ter evoluído sozinha. A arte caminhava como um todo, no cinema, na música, na dança, agora a forma de dançar era mais livre, as pessoas dançavam sozinhas, não havia mais necessidade de par, um estilo livre (Freestyle musicalmente também nasce logo depois), onde as pessoas começavam a romper as danças em casal, e começavam a dançar em passinhos, adotando muitas vezes o estilo robótico de linha de produção, com todos dançando ao mesmo tempo em passinhos que dominavam as pistas como um todo. Era a revolução que os anos 80 deixaram para a história.

Pet Shop Boys, Yazoo e Spandau Ballet
Várias bandas começam a experimentar na curiosidades dos milhões de sons e timbres que podiam ser inventados com aqueles maravilhosos teclados. Até aquele momento, só existiam praticamente 3 timbres em todas as bandas de pop/rock, guitarra, baixo e bateria, era um som extremamente limitado. De repente, eles tinham à frente deles, milhões de timbres, não precisavam ficar presos apenas naqueles 3 timbres, que já davam sinais de desgaste, sem qualquer novidade desde a chegada dos Beatles. Agora eles podiam criar qualquer clima numa música, sons para ouvir em casa curtindo, para dançar muito em uma pista de dança, ou simplesmente para descontrair. Era a revolução musical. De 3 timbres o pop passava a ter milhões de timbres, se não aparecesse naquele momento provavelmente a música pop estaria fadada a definhar-se. Assim, Depeche Mode, Human League, OMD, New Order (extremamente influenciado pelo álbum Autobahn do Kraftwerk, que tocava em todas as aberturas de shows do Joy Division até a morte de Ian Curtis, quando a banda resolveu dar uma nova ordem e fazer um som próprio, futurista e totalmente inédito), Eurythmics, Yazoo, Pet Shop Boys, ABC, Tears for Fears, Thompson Twins, Dead or Alive, Gary Numan, Howard Jones, Frankie Goes to Hollywood, Talk Talk, Thomas Dolby, começaram o que seria o estilo que dominaria a sonoridade da década de 80. Outras bandas começaram a trilhar pelos caminhos do synthpop, Culture Club, Duran Duran, Spandau Ballet, Visage, Landscape começaram um subestilo do synthpop, o New Romantic, mas todos dentro do synthpop ainda. Madonna, Cyndi Lauper, fizeram seus 3 primeiros álbuns totalmente baseados no synthpop, álbuns até hoje classificados como synthpop. A revolução não parou por aí. Bandas super influenciadas pela Disco Music, também aplicaram o que aprenderam ouvindo Giorgio Moroder, e numa mistura entre Moroder e Kraftwerk, fizeram sua própria linha de Synthpop, como o pioneiro Soft Cell, seguido por Yazoo (do genial Vincent Clarke, que tinha acabado de deixar o Depeche, banda que criou com 3 sintetizadores como um símbolo do Synthpop mundial), Bronski Beat, Erasure (mais uma vez o gênio Vince Clarke entrando em cena), Boys From Brazil (apesar do nome, era uma banda alemã desse misto de disco e synthpop), Communards, entre outras dezenas.

A-ha, Soft Cell e Madonna
Mas a envergadura do principal estilo dos anos 80 não pára por aí. Em 1982, um de uma casa noturna do Bronx periferia de Nova Iorque, começa a misturar a música negra norte-americana com a música extremamente européia até do Kraftwerk. Colocava o Kraftwerk como base de fundo e soltava os raps americanos em cima. A recepção do publico foi tão boa, que o DJ, a partir dali, formou sua própria banda. O Afrika Bambaataa, baseado nos beats de Numbers do Kraftwerk, e com o vocal de rap, criou o Break, ali nascia o movimento que faz sucesso em todo mundo até hoje. O Hip Hop! Como foi criado, um misto de 4 vertentes. O vocal improvisado e direto, falando do dia a dia de suas vidas, a dança, o Break propriamente dito, a técnica do DJ, mixando as bases eletrônicas para um vocal direto e o grafite, mas isso é uma história para esta seção. Dali surgem inúmeras reproduções da idéia do Afrika Bambaataa, incluindo Malcolm McLaren, com sua mistura versão de Break inglês, carregado no synthpop, Freeez, Nu Shooz, e dezenas de bandas seguindo as bases criadas com a mistura do som do Kraftwerk ao ritmo norte-americano, isso se reproduziu por todo o país, só que em alguns locais mais adaptadas à realidade latina. Foi assim que em Miami, o synthpop volta a se destacar, com a sequência da idéia do DJ Nova Iorquino. Mas ao invés de misturar o som do Kraftwerk, Gary Numan, Depeche Mode, Soft Cell, Pet Shop Boys ao som negro norte-americano, eles misturavam o som Kraftwerkiano aos ritmos latinos, suas influências familiares, assim vários porto-riquenhos, mexicanos que moravam e trabalhavam em Miami, começaram a criar sua própria forma de Freestyle, o estilo livre, ou seja, a mistura livre entre o synthpop europeu e as influências latinas. Assim nasceram as bandas de Freestyle, no Rio de Janeiro, conhecidas como Miami Bass ou Miami Freestyle. Noel, TKA, Information Society, todos numa só linha. O Synthpop! Sem dúvida o estilo que se espalhou por todo o mundo.

No Canadá surgiram o Men Without Hats da maravilhosa Safety Dance, o Trans-X (synthpop ultra-dançante como em Living on Video) e o Kon Kan que emplacou os hits I Beg Your Pardon, Harry Houdini e Move to Move, até estiveram no Brasil para algumas apresentações no final dos 80, dado o tamanho sucesso que a banda atingiu por aqui também, um synthpop direto para as pistas.

Cyndi Lauper, Tears for Fears e Dead or Alive
Em meados dos anos 80, na Bélgica começa a tomar corpo, um filho do synthpop. Criado em 1981 pela banda A Split Second, o synthpop belga, tinha um corpo mais agressivo, embora mundialmente ainda classificado dentro do synthpop, tinha um estilo meio próprio, uma linha de protesto envolvida na música. Não apenas como faziam OMD e Heaven 17 em toda a carreira e Human League nos primeiros anos, com suas letras totalmente politizadas trabalhando o synthpop e a música também como uma forma de conscientização. Na Bélgica o synthpop tinha além do protesto nas letras tinha um postura e sonoridade mais agressiva. Assim nascia o EBM, que ganhou notoriedade mundial apenas com a chegada do New Beat em meados da década. Quando um DJ sem querer soltou o disco de 45 rotações em 33 RPM, simplesmente a música ficou mais lenta, e o público gostou. Ali nascia mais um filho do synthpop, a New Beat que dominou a Europa na segunda metade da década de 80, ao lado de outro filho do synthpop, o Acid House. Com o estouro mundial do New Beat, todo mundo quis ouvir a música original, pronto, o mundo tinha seu primeiro contato com o EBM (Electronic Body Music, termo criado por Ralf Hutter do Kraftwerk numa entrevista em 1977, para definir o som da sua banda, e anos mais tarde adotado pelas bandas belgas para definirem o jeito belga de fazer synthpop). Não demorou muito o Front 242 conseguiu emplacar mundialmente o único EBM que liderou as paradas de todo o mundo, Headhunter.

Alphaville, Human League e Frankie Goes to Hollywood
Na Alemanha, a influência do Kraftwerk era tão notória quanto. Várias bandas alemãs, começaram o que seria chamado de Neue Deutsche Welle ("New Wave Alemã"), uma forma própria de New Wave, carregada essencialmente em sintetizadores. O synthpop alemão se manifestava claramente na New Wave com Spider Murphy, Trio, Nina Hagen. e bandas mais dedicadas aos sintetizadores como Alphaville, Sandra, Peter Schilling, The Twins, Camouflage, Celebrate the Nun. Não podemos nos esquecer da Áustria, que na mesma onda, também teve seu astro do synthpop. O Cantor Falco, que emplacou três grandes mundialmente (infelizmente no Brasil apenas dois) Rock me Amadeus, Der Komissar e Vienna Calling (uma brincadeira com London Calling, chamando a atenção para de onde vinha seu synthpop)

Mas o synthpop também teve sotaque Australiano. A genial banda Real Life, seguiu um impecável synthpop ao lado de Icehouse, com influências marcantes em ambas, do New Romantic e dos experimentos eletrônicos do David Bowie.
Sim na Itália, nascia a Italo Disco... o que seria a Italo Disco? Uma mistura do synthpop com Giorgio Moroder, também como no caso dfo Bronski Beat, Erasure, Communards, Soft Cell, só que desta mais puxada para o lado de Giorgio, italiano que revolucionou a música naquele país. Gazebo (com sua inesquecível I Like Chopin, clássica do synthpop oitentista), Savage (e sua eterna Don't Cry Tonight de 83, embora tenha estourado no Brasil só 8 anos depois, em 91, uma pequena demora para atravessar o Atlântico... rs), entre muitos outros. O sucesso da Italo Disco, a versão italiana do synthpop, foi tão grande naqueles anos, que até bandas de outros países começaram a fazer a linha synthpop mais puxada para a Italo Disco como Baltimora (Tarzan Boy), Bad Boys Blue (You're a Woman), Modern Talking (Brother Louie), todo mundo queria estar associado ao synthpop italiano, embora não tivessem nenhum parentesco italiano.

Visage, Culture Club e Eurythimics
Assim se formaram também Sabrina, Tom Hooker e uma dezenas de músicos que quiseram dar uma cara mais dance ao synthpop italiano, puxando ele de novo para a linha eletrônica do Pet Shop Boys, Depeche Mode e New Order.
Da escadinávia tínhamos como exemplo de synthpop o Secret Service da Suécia, e a banda norueguesa de maior sucesso de todos os tempos. O A-ha!!! Causando paixões nas meninas e ao mesmo tempo tocando seus próprios instrumentos, bem diferentes das boy bands como aguns criticos com muita dor de cotovelo tentaram classificá-los na época. O synthpop escandinavo, não parou por aí. No final da década de 80, dezenas e dezenas de bandas começaram a surgir influenciadas por New Order e Depeche Mode... mas isso também é uma outra história que pode ser acompanhada na seção 80 nos 90.

Mas se engana quem pensa que o esitlo não chegou no Brasil. Em 1981 uma banda seminal se forma em São Paulo, o Agentss. Olhem bem, em 1981 usando sintetizadores! Infelizmente o país não estava preparado e principalmente as gravadoras não queriam uma banda que fazia tudo. Mesmo assim, tivemos alguns exemplos, como o Azul 29 e sua inesquecível Video-Game, combinando perfeitamente com a revolução tecnológica da época. Chegando a alancançar vários fãs no underground paulistano. Mas a música eletrônica não ficaria restrita ao underground. Em 1984, surge a banda A Gota Suspensa, com uma sonoridade quase Kraftwerkiana, ultra-experimental, após o lançamento do primeiro álbum, a banda introduziu a influência do synthpop mais dançante do Depeche Mode, New Order, e o lado mais alegre da New Wave, mudando inclusive o nome da banda, o Metrô com Virginie nos vocais, e seus mega hits, Beat Acelerado e Tudo Pode Mudar, firmando o Synthpop nacional. Mas o maior ícone da história do synthpop no Brasil ainda estava por estourar, Luiz Schiavon, vidrado em sintetizadores (chegou até ter uma banda com 11 sintetizadores na época - o Polaris), criava a primeira banda eletrônica de sucesso no Brasil, ao lado de Paulo Ricardo. Demoraram anos para as pessoas perceberam o que aquele álbum Revoluções por Minuto do RPM, significaria para a história da música, todo mundo falava em rock nacional, mas poucos percebiam que músicas como Olhar 43, eram inteiramente baseadas na revolução Synthpop/New Romantic que dominava a Europa, com solos de teclados na linha de Depeche Mode, Soft Cell, Duran Duran, Human League e New Order. Finalmente a música eletrônica chegava ao topo das paradas no Brasil. Revolução acompanhado da criação das primeiras versões 12", ou simplesmente versões remixes para vários hits brasileiros, produziram remixes inesquecíveis para Louras Geladas, Revoluções por Minuto e Olhar 43, versões remixes ultra carregadas de synthpop, assim como faziam as bandas inglesas do synthpop. Mas a banda mais fiel ao estilo apareceria em fins dos anos 80. Uma banda formada por Marcelo e Filipo, mas que para alcançarem sucesso lá fora cantavam suas músicas em inglês (assim como fez o Sepultura), e utilizavam nomes puramente britânicos - o Filipo virou Phillip Ashley, o Marcelo virou Marc Rhiley, e assim nascia uma da principais bandas do synthpop nacional. O Tek Noir, que de cara já foi chamada para abrir os shows do Information Society no Ginásio do Ibirapuera na primeira passagem da banda por aqui. Nada mais lógico, uma banda synthpop nacional, abrindo para uma banda eletrônica. Poucas vezes vi uma abertura em shows no Brasil que combinasse tanto. A gravadora do Tek Noir, a Stilleto contratou ainda um dos maiores nomes do dance internacional para produzir o álbum, Mark Brydon, que tinha acabado de produzir bandas como Cabaret Voltaire e Yazz (aquela do mega hit Acid House, The Only Way is Up). Com influências que iam do New Order, Celebrate the Nun e Depeche Mode ao EBM de Front 242 e A Split Second, o público brasileiro ainda não estava tão preparado para a música do Tek Noir, embora se tocassem em rádio músicas como Drawings of Sorrow, muita gente ia pensar que era o novo hit dos Pet Shop Boys (palavras dos próprios integrantes da banda, em entrevista à revista Bizz, no lançamento do seu primeiro álbum - Alternative).

RPM, Metrô e Tek Noir
Enfim, a década do Technopop deixou seu legado para a história, provavelmente nossos filhos e netos, quando estudarem sobre a música dos anos 80, vão rever o único estilo que mudou a história da música e deixou seu legado para o surgimento de vários outros estilos nas décadas seguintes. Assim, como os 60 deixaram o rock e os 70 deixaram a disco, a contribuição da década de 80 para a história da música é sem dúvida, o synthpop!